A quantidade de jovens e adolescentes brasileiros entre 14 e 24 anos que não estavam inseridos no mercado de trabalho caiu de 25,2% para 14,3% entre o quarto trimestre de 2019 e o último trimestre de 2024. A redução representa uma queda de quase 2,5 milhões de jovens. Os dados são do levantamento "Empregabilidade Jovem Brasil", realizado pelo Ministério do Trabalho (MTE) em parceria com o CIEE, Centro de Integração Empresa-Escola. A apresentação do estudo ocorreu nesta terça-feira (29), em evento online.

Sergipe foi o estado com a maior queda no número de jovens fora do mercado de trabalho: a quantidade passou de 26,5% para 14%. Entre as regiões, a Sul registrou a maior redução do desemprego juvenil, com queda de 9,3 pontos percentuais. No Centro-Oeste, a redução foi de 11 pontos percentuais. Já as regiões Norte e Nordeste foram as que a tiveram a menor inserção de jovens no mercado.

Em relação aos jovens que não estudavam nem trabalhavam em 2024, as mulheres de 18 a 24 anos, em sua maioria com filhos pequenos, representaram a maior parte desse grupo, somando mais de 3,3 milhões. O número de homens na mesma situação passou de 1,96 milhão. Esse é o menor valor desde o início da série histórica.

A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho, Paula Montagner, afirmou que, apesar da diminuição do desemprego entre os jovens, ainda existe a necessidade de maior apoio e implementação de melhorias por parte das empresas. De acordo com Paula, a pesquisa mostra que 18% dos jovens de 18 a 24 anos pede desligamento por problemas com a chefia e a falta de benefícios monetários. “A valorização do trabalho é algo que todo mundo gostaria de ter”, destaca.

Ainda de acordo com o levantamento, 7,7 milhões de jovens de até 24 anos estão empregados com carteira assinada. As ocupações mais comuns entre eles são as de auxiliar de escritório, vendedor no comércio varejista e assistente administrativo. O valor médio dos salários de pouco mais de 67% dos contratados é de até R$1.854.